Chama-se strain a deformação que ocorre no músculo cardíaco durante a sua contração, de fato "deformação" é a tradução literal da palavra. Existem diversas formas de se avaliar esta deformação, a melhor e mais difundida é aquela realizada pelo ecocardiograma, os aparelhos mais modernos possuem uma tecnologia chamada de Speckle-Tracking (traduzido como rastreamento de pontos). Esta tecnologia, usa as imagens do ecocardiograma comum e faz uma espécie de monitorização de diferentes pontos do músculo cardíaco. A aproximação ou o afastamento destes pontos nos fornece o valor do strain cardíaco. Na verdade, isso é muito mais complexo, mas esta forma de explicar ajuda a entender o motivo deste exame ser superior ao ecocardiograma comum, pois possibilita identificação de doenças cardíacas antes mesmo do ecocardiograma comum mostrar alguma alteração.
Na imagem de exemplo acima, percebe-se a representação de regiões com pontos marcados no músculo cardíaco, para a posterior análise do strain cardíaco.
Diferentes nomes para o exame existem:
Ecocardiograma com análise de strain cardíaco
Ecocardiograma com strain bidimensional
Ecocardiograma com speckle-tracking
Ecocardiograma com strain
Podem existir outras combinações dos nomes acima, porém representam o mesmo exame.
No Brasil, o código TUSS do exame é 4.09.01.80-7 e seu nome está descrito como:
”Ecocardiograma transtorácico com STRAIN bidimensional (inclui transtorácico)”
Obs.: o termo transtorácico é dispensável na atualidade, uma vez que este é sempre um exame transtorácico (e não transesofágico que seria outra forma).