Este exame será mais difícil? Pesquisadores médicos veterinários nos ajudam a responder:
A maioria dos ecocardiografistas acredita que terá problemas para avaliar um ser humano que recebeu um transplante de coração de porco
Será mesmo que existem tantas diferenças?
Pesquisadores do Núcleo de Diagnóstico por Imagem Veterinário Especializado da Universidade Federal do Piauí (NUDIVE-UFPI) nos ajudam a responder. Mas qual a experiência deles com isso? Uma de suas pesquisas inclui estudos ecocardiográficos de catetos, uma espécie de porco do mato (animal silvestre).
Este estudo da NUDIVE-UFPI inclui a realização de speckle tracking para análise de strain cardíaco, incluindo a medida de trabalho miocárdico. Esta pesquisa utiliza da mais avançada técnica ecocardiográfica para analisar corações de catetos e busca melhor compreensão dos efeitos da contenção destes animais.
Segundo o Prof. Dr. Flavio Ribeiro Alves, orientador desta pesquisa, apesar das janelas ecocardiográficas serem diferentes, mais difícil em catetos pela anatomia torácica, em humanos espera-se que seja mais fácil, pois a anatomia cardíaca é semelhante.
Algumas conclusões são possíveis com estas informações:
Apesar de considerado “difícil “, os pesquisadores da NUDIVE-UFPI conseguiram magistralmente realizar um dos exames ecocardiográficos que mais demanda qualidade de imagem, com traçados que seguem a exigência de qualidade de publicações científicas, e em um tórax considerado muito mais difícil que o dos humanos.
Não devemos ter grandes dificuldades com os exames de corações de suínos geneticamente modificados implantados em humanos. Tenho grande esperança no método.
Pesquisas em animais são a base para muitos dos procedimentos que hoje utilizados em humanos. A medicina veterinária da UFPI é um exemplo que parabenizo.
O Prof. Dr. Flavio Ribeiro Alves foi aluno do curso de strain cardíaco e destaca-se pelo quanto de fato implementou o aprendido, levando esta tecnologia ao uso máximo e desbravando as fronteiras do desconhecido.
A este meus sinceros parabéns.
Prof. Dr. Antonio A Calvilho Jr
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